segunda-feira, 16 de julho de 2007

Like Friends

Aparece!
Não te escondas

(atrás da espuma das ondas do céu)
Tímido?
Ninguém diria...
És demasiado
Poderoso,
Brilhante,
Importante!
Quem vive sem a tua luminosidade?

Vem,
Dá-me um abraço
E vê nos meus olhos
Como isso é importante...
Vês o teu brilho no meu olhar?

terça-feira, 10 de julho de 2007

World

Don't go around saying the world owes you a living; the world owes you nothing; it was here first.

Mark Twain [Samuel Langhornne Clemens] (1835-1910)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

O Principezinho

«As pessoas grandes nunca percebem nada sozinhas e uma criança acaba por se cansar de ter que estar sempre a explicar-lhes tudo.
(...)
Tinha os olhos completamente esbugalhados de espanto. Quando um mistério é grande demais, não nos atrevemos a desobedecer. (...) tirei uma folha de papel e uma caneta da algibeira. Mas lembrei-me que só tinha estudado geografia, história, matemática e gramática e (com ar não muito satisfeito) disse ao menino que não sabia desenhar. Respondeu-me:
- Não faz mal. Desenha-me uma ovelha...
(...)
E eu desenhei.
Depois de examinar o desenho com toda atenção, o menino exclamou:
- Não, não! Esta não, que já está muito doente! Arranja-a.
E eu obedeci:
(...)
Então já sem grande paciência, porque estava com pressa de começar a desmontar o motor, rabisquei este desenho.
- Isto é uma caixa. A ovelha que tu queres está lá dentro.
Para grande espanto meu, vi que o rosto do meu juiz se iluminava.
(...)
Perguntou-me de chofre, sem rodeios, como se fruto de um problema longamente meditado em silêncio:
Uma ovelha, se come arbustos, também come flores?
- Uma ovelha come tudo quanto lhe aparece pela frente.
- Mesmo as flores com espinhos?
- Claro. Mesmo as flores com espinho.
- Então para que servem os espinhos?
Eu não sabia. Estava todo concentrado no meu motor, a tentar desenroscar uma porca.
(...)
- Para que servem os espinhos?
Uma vez que a fizesse, o principezinho nunca desistia de uma pergunta. Eu estava irritado com a porca e só respondi para ver se ele se calava:
- Não servem para nada. São uma pura manifestação de maldade!
- Oh!
(...)
E se eu, eu que aqui estou à tua frente, conhecer uma flor única no mundo, uma flor que não existe em mais lado nenhum senão no meu planeta e que, numa manhã qualquer, uma ovelhinha pode reduzir num instante a nada, sem se quer dar por isso, também não tem importância nenhuma, pois não?
(...)
Ora, olhem para o céu e pensem: “A ovelha terá ou não terá comido a flor?” Vão ver como tudo fica diferente...
E nenhuma pessoa grande há-de alguma vez perceber como isso é importante!»

Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho

domingo, 8 de julho de 2007

S.O.S Terra


Um mundo poluído,
Um mundo desigual!

A doença do mundo aparenta ser crónica, mas isso não é razão para se deixar de acreditar que podemos salva-lo... Uma pequena contribuição de cada um, é fundamental para esta cura!

Quantas catástrofes naturais já se manifestaram por causa do aquecimento global?
Não faço ideia... mas enquanto não for atingida , porque me deverei eu preocupar?! Egoísta! Talvez um pouco! Só quando somos verdadeiramente atingidos, sabemos dar realmente valor às coisas. Porquê pensarmos só em nós? Porquê???
A Ásia foi um dos continentes mais atingidos por causa da mudança de clima... Já não bastava a pobreza de alguns países asiáticos, agora tem desastres naturais a ajudar. :-(

De certeza que não é só uma pessoa que está a "balear" o coração do mundo... Eu, tu, ele, todos fazemos parte deste mundo, todos temos uma certa responsabilidade.

O Live Earth foi mais uma grande "campanha" para nos alertar a pequenas coisas do dia-à-dia que nem sempre são perceptíveis aos nossos olhos.
Ajuda o mundo, ele é a tua casa! =)

sábado, 7 de julho de 2007

7 Maravilhas

O mundo nomeou as suas 7 Maravilhas. Portugal fez história ao ser o anfitrião desta grande cerimónia e deu a conhecer ao mundo um país ... um país com castelos, mosteiros, planícies, com maravilhas, um país por descobrir... o nosso Portugal!
Apesar de não termos tido nenhuma nomeação para as maravilhas do mundo, penso que o nosso país por si só é já uma maravilha!


Maravilhas do mundo antigo
- Pirâmides de Gizé
- Jardins Suspensos da Babilónia
- Estátua de Zeus em Olímpia
- Templo de Ártemis em Éfeso
- Mausoléu de Halicarnasso
- Farol de Alexandria
- Colosso de Rodes

Infelizmente, destas 7 maravilhas apenas uma existe neste momento (Pirâmides de Gizé). Catástrofes naturais, conflitos, desastres e negligencias são algumas das causas que levaram ao desaparcimento das maravilhas antigas. Como tal, para que não se volte a repetir o mesmo, devemos presevar o nosso património.


Maravilhas de Portugal
- Mosteiro de Alcobaça
- Mosteiro dos Jerónimos
- Mosteiro da Batalha
- Castelo de Guimarães
- Torre de Belém
- Castelo de Óbidos
- Palácio da Pena

Já pensaste em conhecer verdadeiramente o teu país?
Vale a pena! ;)


Novas Maravilhas do Mundo
- Taj Mahal
- Cristo Redentor
- Muralha da China
- Petra
- Coliseu de Roma
- Pirâmides de Chichén Itzá
- Machu Picchu

"Treasure our wonderful planet."

"Be wonderful to one another."

"Our heritage is our future."

=)


quinta-feira, 5 de julho de 2007

To see the Summer Sky

To see the Summer Sky
Is Poetry, though never in a Book it lies
True Poems flee.

Emily Dickinson

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Praia


Na luz oscilam os múltiplos navios
Caminho ao longo dos oceanos frios

As ondas desenrolam os seus braços
E brancas tombam de bruços

A praia é lis e longa sob o vento
Saturada de espaços e maresia

E para trás fica o murmúrio
Das ondas enroladas como búzios.

Sophia de Mello Breyner

terça-feira, 3 de julho de 2007

Escrevi

Escrevi.
Escrevi sobre o que nunca tinha escrito...
Apesar de ainda hoje
não saber sobre o que escrevi
Sei que tinha vontade de escrever
E escrevi.
E isso era o que realmente
(me) importava!

Fácil influente

Era hora de decidir
Não sabia bem o quê,
Por isso, ia sendo levada
Pela decisão de uma multidão.
Diziam-me o que queria ouvir,
Faziam promessas.
E eu acreditava...
Acreditava que o sol podia brilhar
Com a mesma intensidade em todo o mundo;
Acreditava que podia tocar no céu;
Acreditava que vivia num mundo feliz.
Como poderia eu duvidar desta realidade superficial?
Os meus olhos limitavam-se a olhar,
A olhar para a superfície do mar profundo.
Recentemente mergulhei nesta realidade
E vi o quanto fria é!
Triste mundo este.

Comecei a tentar reflectir
sobre as coisas que me diziam...
Mas, por vezes ainda dou por mim
Escondida atrás dos meus pensamentos...
Revelo-os, mas dificilmente os argumento,
E como tal,
Volto a ser arrastada por alguém.
Deixo que a minha opinião
seja substituída por outra,
mesmo que não concorde.
E continuo...
Continuo como se nunca
Tivesse tido outra ideia.

A facilidade é o melhor caminho
Para adormecer o pensamento...
E pensar exige esforço.

Crescer é mudar...

Folhas
Espalhadas na gaveta
Umas já escritas,
Umas começadas, mas inacabadas
Outras ainda por escrever...
Por vezes uma breve inspiração
Quando o coração tem algo a dizer,
Quando o pensamento está saturado,
Quando vale a pena viver!
E os tempos mudam...
Agora, ao reabrir a gaveta
Já há frases que não fazem sentido,
Que para mim, não têm coerência...
Estarão as frases incorrectas?
Ainda há pouco tempo
Tudo parecia ter um significado,
Nada aparentava estar errado.
E agora?
Parece que algo mudou.
Terei sido eu?
Não dei por isso...

Futuro incerto

Uma porta fechada,
Longínqua...
Pegadas de outras vidas
Estão carimbadas na calçada
Que para lá se encaminha.

Os segredos desta porta
São desvendados através do silêncio...
Nada responde
Ao futuro que a vida esconde.
Saberão as palavras?

A voz de um diário

Tu tens coração,
Eu tenho páginas escritas
Com a tua vida,
Com os teus sentimentos,
Com aqueles teus segredos
Que só a mim me revelas,
Com tudo o que um dia
Te apetecera escrever...

Sou o teu confidente
A tua pintura em escrita
A tua vida em papel!

Por vezes questionas-me
Ou pedes-me um conselho...
Não te respondo.

Expressa-te com a escrita
Liberta os teus sentimentos
E sorri...
A vida encarregar-se-á do resto!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

As Palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade