domingo, 1 de abril de 2012

"Life is a playground… or nothing"
(Filme: Mr.Nobody)

sábado, 28 de janeiro de 2012

À Beleza

Não tens corpo, nem pátria, nem família,
Não te curvas ao jugo dos tiranos.
Não tens preço na terra dos humanos,
Nem o tempo te rói.
És a essência dos anos,
O que vem e o que foi.

És a carne dos deuses,
O sorriso das pedras,
E a candura do instinto.
És aquele alimento
De quem, farto de pão, anda faminto.

És a graça da vida em toda a parte,
Ou em arte,
Ou em simples verdade.
És o cravo vermelho,
Ou a moça no espelho,
Que depois de te ver se persuade.

És um verso perfeito
Que traz consigo a força do que diz.
És o jeito
Que tem, antes de mestre, o aprendiz.

És a beleza, enfim. És o teu nome.
Um milagre, uma luz, uma harmonia,
Uma linha sem traço...
Mas sem corpo, sem pátria e sem família,
Tudo repousa em paz no teu regaço.

Miguel Torga, in 'Odes'

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Acordo Ortográfico

«Mas a ordem certa é esta: a língua muda, e depois muda-nos. Não somos nós que mudamos a língua (...). Se o objectivo é aproximarmo-nos dos brasileiros, aproximemo-nos dos brasileiros. Logo se verá se a língua resolve aproximar-se também.»
Ricardo Araújo Pereira,
in Visão

sexta-feira, 11 de março de 2011

Coisas que nunca deverão mudar em Portugal

Mensagem do Embaixador da Grã-Bretanha ao abandonar Portugal - 20 de Dezembro de 2010
(...)
1. A ligação internacional. Portugal é um país em que os jovens e os velhos conversam - normalmente dentro do contexto familiar. O estatuto de avô é altíssimo na sociedade portuguesa - e ainda bem. Os portugueses repeitam a primeira e terceira idade, para benefício de todos.
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2. O lugar central da comida na vida diária. O almoço conta - não uma sandes comida com pressa e mal digerida, mas uma sopa, um prato quente, etc, tudo comido à mesa e em companhia. Também aqui se reforça uma ligação com a família.
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3. A variedade da paisagem. Não conheço outro país onde seja possível ver tanta coisa num dia só, desde a imponência do rio Douro até à beleza das planícies do Alentejo, passando pelos planaltos e pela Serra da Beira Interior.
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4. A tolerância. Nunca vivi num país que aceita tão bem os estrangeiros. Não é por acaso que Portugal é considerado um dos países mais abertos aos emigrantes pelo estudo internacional MIPEX.
c
5. O café e os cafés. Os lugares são simples acolhedores e agradáveis; a bebida é um pequeno prazer diário, especialmente acompanhado por um pastel de nata quente.
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6. A inocência. É difícil descrever esta ideia em poucas palavras sem parecer paternalista; mas vi no meu primeiro fim-de-semana em Portugal, numa festa popular em Vila Real, adolescentes a dançar danças tradicionais com uma alegria e abertura que têm, na sua raíz, uma certa inocência.
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7. Um profundo espírito de independência. Olhando para o mapa Ibérico parece estranho que Portugal continue a ser um país independente. Mas é e não é por acaso. No fundo de cada português há um espírito profundamente autónomo e independentista.
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8. As mulheres. O Adido de Defesa na Embaixada à quinze anos deu-me um conselho precioso: "Jovem, se quiser uma coisa para ser mesmo bem feita neste país, dê a tarefa a uma mulher". Concordei tanto que me casei com uma portuguesa.
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9. A curiosidade sobre, e o conhecimento, do mundo. A influência de "lá" é evidente cá, na comida, nas artes, nos nomes. Portugal é um país ligado, e quer continuar ligado, aos outros continentes do mundo.
s
10. Que o dinheiro não é a coisa mais importante do mundo. As coisas boas de Portugal não são caras. Antes pelo contrário: não há nada melhor do que sair da praia ao fim da tarde e comer um peixe grelhado, acompanhado por um simples copo de vinho.
(...)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Lost in a moment

"And if were lost
gdgdgddhthen we are lost together."

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

"Henrique suspirou, mas não discutiu.
- Vou sentir a tua falta, Fernão - foi tudo quanto disse.
- Henrique, o que é isso? - exclamou Fernão, reprovador - Não sejas tolo! Afinal, que tentamos nós aperfeiçoar todos os dias? Se a nossa amizade está dependente de coisas como o espaço e o tempo, quando finalmente os ultrapassarmos, teremos destruído a nossa irmandade. Ultrapassado o espaço, tudo o que nos resta é Aqui. Ultrapassado o tempo, tudo o que nos resta é Agora. E entre o Aqui e o Agora, não achas que nos poderemos encontrar uma ou duas vezes? Henrique sorriu, mesmo sem querer.
- És louco - disse, gentilmente. (...)"


Fernão Capelo Gaivota , Richard Bach

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

"O problema é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente."

Fernanda Young